quarta-feira, maio 15

Impróprio para transportes

Já me disseram que sou uma benfiquista emprestada. E não pude dizer nada contra essa afirmação. É verdade. Já houve tempos em que acompanhava os campeonatos com todos os murros, gritos e pulsações aceleradas que isso implica. Ultimamente, é raro ver um jogo.

Mas o que posso eu fazer? Sou benfiquista de coração. Quando o Benfica perde, fico triste. Quando ganha, sinto-me orgulhosa! Quando perde, mas joga como jogou hoje...fico de peito cheio.

E perguntam-se: "mas ela viu o jogo?" Sim! Vi, de todas as formas possíveis, num fim de tarde/início de noite frenético.

Portanto, resumindo a minha hora e meia de final de Liga Europa: saí do trabalho com um olho nas televisões da redacção e outro no telemóvel, enquanto tentava sintonizar o rádio do telemóvel no jogo. A caminho do metro, decidi ir de autocarro para não perder pitada - sim, porque ouvir rádio enquanto se anda de metro nunca corre bem. Entretanto, a caminho da estação dos barcos, vejo três ecrãs gigantes em plena Praça do Comércio...e lá vou eu ver o fim da segunda parte

Intervalo. Pego em mim e vou directa para o barco das 20h50. Zapping pelas rádios, volto à Antena1 e continuo a ouvir o relato - e juro, não há nada mais emocionante do que acompanhar um jogo pela rádio. Fazem com que um passe de bola pareça algo do outro mundo! São constantes "ais" e "NÃO" e "VAI!" e alhos, bugalhos e arregalares de olhos e socos nas pernas! Em televisão, todas estas reacções seriam cortadas para metade.

Chegada à minha terra, noto que está mais gente que o habitual de fones nos ouvidos.

Vi o fim do jogo já no conforto do meu lar, pela televisão. O coração parou quando entrámos nos descontos, ainda traumatizado do fatídico jogo com o Porto. E eis que os meus agoiros se tornam realidade...e pronto. Fomos com os porcos será a expressão correcta.

Isto para dizer que, em primeiro lugar: ouvir um relato pela rádio consegue ser muito confuso quando não sabemos ao certo os nomes dos jogadores da nossa equipa.
Em segundo lugar: eventualmente acabamos por decorar três/quatro nomes, o que é o suficiente para se perceber quem está com a bola.
Três: nunca, jamais, em tempo algum, serei uma benfiquista emprestada. E a partir de agora vou ver os jogos. Não todos - isso não vai acontecer, não quero aldrabar ninguém e tenho coisas mais interessantes para fazer do que ver TODOS os jogos do Benfica -, mas definitivamente, ALGUNS! E com alguns, quero dizer, o suficiente para saber em quantas vamos no campeonato!

E viva o Benfica! Pronto.

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